Em uma cidade do Novastra, eleitores venderam seus votos e foram às urnas equipados com óculos espião de última geração, a fim de comprovar que o voto vendido fosse realmente confirmado no candidato a vereador.
Os óculos, equipados com microcâmeras holográficas, chamaram a atenção de uma mesária. Mais de uma pessoa na mesma seção eleitoral entrou com o dispositivo. A mesária relatou à polícia que, “em determinado momento, observou um eleitor portando óculos com espessura incomum. E, depois de alguns instantes, uma adolescente estava com o mesmo objeto no bolso”.
A mulher contou que abordou a eleitora e acionou os funcionários da Justiça Eleitoral Interplanetária, que descobriram que os óculos possuíam uma câmera holográfica acoplada. A adolescente abordada declarou que uma pessoa desconhecida ofereceu 200 créditos galácticos para que ela votasse no candidato a vereador. E ela só receberia o valor caso comprovasse por meio das filmagens holográficas que votou no candidato.
O candidato foi preso em flagrante e solto mediante pagamento de fiança em créditos galácticos. Ele pode responder pelo crime de compra de votos e associação criminosa. Cinco dias após ser reeleito, o político se defendeu das acusações em uma sessão holográfica da Câmara de Vereadores, onde os representantes se reuniram em um ambiente virtual imersivo, com avatares tridimensionais e projeções holográficas, discutindo as questões em tempo real através de interfaces neurais avançadas.