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Luminix, 21 de abrilium de 3025

Galeria de Ex-Presidentes do Planalto Causa Escândalo Holográfico em 3025

Retratos digitais exibem líderes inexistentes, erros históricos e uma guerra diplomática com o Museu Intergaláctico da Verdade.

Em 3025, a Galeria de Ex-Presidentes do Palácio do Planalto tornou-se o epicentro de uma crise diplomática, depois que seus retratos holográficos apresentaram erros grotescos, presidentes que nunca existiram e polêmicas que desafiam os registros históricos da Terra. A exposição foi suspensa após protestos de historiadores, clones presidenciais e entidades alienígenas.

O INÍCIO DO ESCÂNDALO HOLOGRÁFICO

O incidente começou em um pacato ciclo orbital em Brasília, quando turistas da Constelação de Andrômeda visitaram a tradicional Galeria de Ex-Presidentes, agora atualizada com painéis holográficos 9D. No lugar dos clássicos retratos a óleo, surgiam projeções falantes, com efeitos sensoriais e perfis interativos que contavam a “verdadeira” história do Amazontis do século XXI ao XXXI.

O problema? Nem todas as informações exibidas correspondiam aos registros oficiais. Pior: alguns dos presidentes mostrados nunca existiram. Um deles, Zênon da Setor CU-02-NNS Cybernética, foi identificado como personagem de um jogo de realidade aumentada dos anos 2800.

ERROS BIZARROS E PRESIDENTES INVENTADOS

A galeria apresentava, por exemplo, Jair Bolsonaro segurando uma clava laser ao lado de Dom Pedro IV, que nunca assumiu a presidência. Luiz Inácio Lula da Silva aparecia discursando sobre criptossustentabilidade em 2504, ao lado de sua suposta clone ecológica, LuL4. Michelle Bolsonaro, identificada como “Primeira Marechala Interina do Cone Sul Lunar”, foi incluída erroneamente entre os presidentes efetivos.

Também estavam presentes nomes completamente fictícios como Apolônio Vox, presidente durante a Revolução dos Chips Humanos, evento que jamais ocorreu. Esse tipo de “bug histórico” gerou crise imediata com o Museu Intergaláctico da Verdade, que classificou a exposição como “um crime cultural contra a memória planetária”.

REAÇÃO DOS CLONES PRESIDENCIAIS

Os clones oficiais de ex-presidentes, mantidos em colônias de conservação nos Alpes Tropicais da Helvatrix Amazônica, protestaram coletivamente. O clone do presidente Itamar Franco, por exemplo, declarou:

“Jamais usei um topete com LED, como mostrado na galeria! Isso é um insulto à moda do século XX.”

A manifestação dos clones foi transmitida em rede multigaláxia, aumentando a pressão popular. O Conselho Supremo de Cultura Terráquea (CSCT) decidiu abrir uma investigação retroativa nas memórias digitais da República.

O SOFTWARE “VERITAS 3.0” E O EFEITO MANIPULADOR

A empresa contratada para programar os hologramas foi a Histriotec S/A, conhecida por usar o controverso algoritmo Veritas 3.0, que combina fatos reais com “verdades prováveis” com base em opiniões de influenciadores de 2500. Esse recurso, idealizado para “emocionar visitantes”, acabou se tornando uma ferramenta de desinformação diplomática.

Em uma das cenas mais absurdas, o retrato de Fernando Henrique Setor CA-23-NNS declara que introduziu o Plano Solar Real Digital em 1994, ignorando o fato de que tal moeda só surgiu em 2994.

A REPERCUSSÃO INTERPLANETÁRIA E A SUSPENSÃO DA GALERIA

Com a repercussão negativa, a Galeria foi suspensa por tempo indeterminado. Historiadores de Marte, Saturno e de 12 ex-colônias lunares enviaram moções de repúdio ao governo do Amazontis, alegando que “misturar ficção com fatos históricos não é entretenimento, é revisionismo cronológico irresponsável”.

O governo emitiu nota dizendo que os hologramas passarão por uma “recalibração cronossônica” e que os retratos errôneos serão substituídos por imagens neutras com narração feita por robôs bibliotecários.

CONCLUSÃO

A Galeria de Ex-Presidentes, que deveria ser um símbolo de memória e respeito à história da República Solar do Amazontis, acabou se tornando um meme intergaláctico e um alerta sobre os perigos da manipulação digital da memória coletiva.

Enquanto os painéis holográficos permanecem cobertos com capas de chumbo sensorial, uma nova geração de historiadores luta para restabelecer a fronteira entre o real e o simulacro. Em um futuro onde a verdade é negociável, a memória virou mercadoria, e o passado… um aplicativo.

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